chitika

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma nova chance para o amor - cap 4



Capítulo 4

O domingo decorreu tranquilamente. Fiquei por casa e descansei, porque a semana que aí vinha não era de todo fácil.
Para não falar de que eu não sabia como deveria agir diante da Fernanda. Não depois de ter dançado com ela e de se ter formado aquele clima estranho.
O dia de trabalho passou-se sem problemas, tudo dentro da normalidade, coisa que eu estranhei. Almocei com a Júlia e conversámos banalidades. O dia passou muito rápido e quando dei por mim já estava a caminho da faculdade.
A Maria já esperava por mim nos sofás onde era habitual nos encontrarmos.
─ Já ouvi dizer que o fim-de-semana te correu bem…
─ Como sabes? E do que falas? – tentei fazer-me de desentendida.
─ A Fernanda contou-me que te viu no Gritus e que dançaram a noite toda. – Maria fez uma cara de safada.
─ Desbocada. – pensei alto. – Não aconteceu nada, foi só isso.
─ Não aconteceu nada porque não quiseste… Mas sei que estás com desejos que aconteça. – cutucou-me o ombro e deu um sorrisinho de lado.
─ Pára Maria. Quem vê até pensa que é verdade. – tentei disfarçar tendo a certeza que não estava a resultar.
         ─ Engana-me que eu gosto. Vocês iam ficar tão lindas juntas, tipo um casal.
         ─ Maria! – senti as maçãs do meu rosto ficarem vermelhas.
         ─ Não vou parar até admitires…
         ─ CERTO! Admito, eu sinto algo pela Fernanda que não sei explicar. Mas não passa disso… - revelei a verdade à Maria.
           ─ Porque tu não queres…
           ─ Nós mal falámos e conhecemo-nos há pouco tempo. Não dá.
           ─ Oi. – era a voz de Fernanda.
          A Maria respondeu, mas eu não. Estava branca, parecia que tinha visto um fantasma. Será que ela tinha ouvido a conversa de momentos antes? A dúvida persistiu na minha mente, mas não ousei esclarecê-la. Respirei fundo e acalmei-me para então a cumprimentar.
           ─ Estão bem? – a voz dela, tão sedutora envolvia-me e fazia-me viajar para lugares bem longe dali, onde imaginação não tinha limites.
           ─ Sim. – murmurei.
           ─ Vocês vão hoje à festa? Dizem que vai ser óptima.
        ─ Não ouvi falar de nenhuma festa, mas eu alinho. Dresscode? – a Maria já estava empolgada e deixava transparecer toda a excitação.
          ─ É aqui no bar da faculdade. Informal. – Fernanda respondeu, olhando-me de seguida como se esperasse uma resposta.
          ─ Não está nos meus planos ir a uma festa hoje, até porque amanhã acordo cedo para ir trabalhar. – tentei arranjar uma desculpa para fugir da festa.
          ─ Está decidido então. Maria e Larissa, depois das aulas vamos a minha casa para nos arranjarmos. – Fernanda disse e piscou-me o olho de seguida.
          ─ Creio que não percebeste o que eu disse… Eu não posso ir.
      Claro que percebi, não sou surda. Mas não vou deixar ninguém perder esta festa. – Fernanda retrucou.
Olhava alternadamente para a Maria e Fernanda boquiaberta. Não acreditava no que estava a acontecer. A Fernanda sempre tao misteriosa agora estava a convidar-me para uma festa. Aliás convidar-me não! A obrigar-me. E ainda por cima queria arrastar-me para casa dela para nos arranjarmos, como se eu aguentasse estar sozinha num espaço com ela. Ok, a Maria estaria lá também, mas pelo que a conheço ela faria de tudo para nos deixar a sós.
─ Eu não tenho roupa de festa. – tentava arranjar desculpas para escapar.
Por favor Larissa, essa roupa está perfeita, só falta colocar uma maquilhagem básica. Parece que adivinhaste hein. – Maria disse divertida.
─ Tudo bem, eu vou. Mas tenho de voltar cedo. – finalmente cedi.
As aulas passaram rapidamente. Nunca tinha desejado tanto que as aulas demorassem mais algumas horas. Confesso que estava com receio do que pudesse acontecer na noite que se aproximava.

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