chitika

sábado, 8 de dezembro de 2012

Uma nova chance para o amor - cap 8



Capítulo 8
        
         Subimos rapidamente ao apartamento de Fernanda e ela tratou de me deixar à vontade. O que não era muito difícil tendo em conta a grande quantidade de álcool ingerida por mim naquela noite. Vi Fernanda afastar-se lentamente emanando uma sensualidade, fiz menção de segui-la mas ela deu ordens para que não o fizesse.
          Ligeiramente cambaleante segui até ao sofá onde me sentei. Olhei para o lado e vi Fernanda caminhar na minha direcção com uma garrafa de vinho e dois copos.
          ─ Mais álcool? – questionei-a.
         ─ Não aguentas? – Fernanda perguntou-me com um sorriso desafiador no rosto.
         ─ Não imaginas o que eu aguento.
      ─ Hum. Gosto do que está implícito nessa frase… - Fernanda serviu os dois copos com vinho e estendeu-me um deles.
         Aceitei o copo de vinho que Fernanda me oferecia e beberiquei um pouco.
         ─ Quero fazer um jogo contigo… Vamos testar a tua resistência. – Fernanda lançou-me o desafio.
         ─ Que jogo? – perguntei desconfiada.
       Fernanda aproximou-se, pegou no meu copo colocando em cima da mesinha de centro e olhou para mim com ar misterioso. O olhar misterioso que tanto me atraía nela fez-me esquecer de respirar. Fernanda sentou-se no meu colo, apoiando as pernas flectidas no sofá. As minhas mãos percorreram as suas costas e puxei-a para mim, aproximando a minha boca da dela.
           ─ As regras do jogo são: podes beijar, mas não podes tocar ou agarrar. A primeira a agarrar ou a tocar perde e terá de se submeter às vontades e desejos da vencedora. Aceitas?
Fernanda não esperou a minha resposta e beijou-me. Não sei quanto tempo iria conseguir beijá-la sem a tocar, mas ia abraçar o desafio com todas as minhas. Correspondi o beijo e deixei a língua de Fernanda invadir a minha boca. Fernanda mordiscou-me o lábio e voltou a beijar-me. Ela estava a querer enlouquecer-me. Soltei um gemido e agarrei o sofá com força. Fernanda ao ouvir o meu gemido sorriu no meio do beijo e foi aí que deixei de resistir. Agarrei no bumbum de Fernanda e puxei-a de encontro a mim, deixando os nossos corpos colados. As minhas mãos deslizavam pelas suas pernas quando Fernanda agarrou-as e interrompeu o beijo. Olhei para ela com confusão expressa no rosto.
─ Ganhei! És minha agora. - Fernanda demonstrava uma expressão triunfal.
─ Agora…
Fernanda levou-se, pegou na minha mão e levou-me para o quarto enquanto me roubava uns beijos atrevidos pelo caminho. O olhar sensual com que Fernanda me seduzia deixava-me completamente entregue. Eu era dela, eu pertencia-lhe. Fernanda encostou-me na parede do quarto e prendeu-me apoiando-se com os seus braços.
─ Sou eu que estou no comando. Não vais recusar nada, é essa a minha vontade. – o sorriso misterioso de Fernanda por momentos assustou-me.
Acenei com a cabeça como sinal de concordância, puxei-a para mim e beijei-a com desejo. Os lábios suaves, a pele macia e cheirosa, os cabelos compridos e o corpo dela que encaixava na perfeição no meu faziam-me sair da realidade. Senti as suas mãos acariciarem os meus seios e deixei escapar um gemido. Fernanda beijou-me lentamente o pescoço e tirou-me a camisola. Acariciou os meus seios por cima do soutien arrancando-me muitos suspiros. As minhas mãos apertavam-lhe o bumbum com força, enquanto Fernanda espalhava beijos pelo meu pescoço e seios já descobertos.
Fernanda apressou-se a tirar-me as calças enquanto percorria com beijos a minha barriga. Fez o caminho inverso e abocanhou um dos meus seios. Delirei e soltei um gemido bem alto, enquanto o meu seio era sugado e mordiscado.
─ Fernanda… Eu quero-te. Não me tortures… - implorei.
Senti o meu corpo ser agarrado e ser levado na direcção da cama. Deitei-me e puxei Fernanda para cima de mim. Tentei retirar o seu vestido enquanto acariciava as suas coxas. Ela percebendo a minha dificuldade tratou de me ajudar e desenvencilhou-se dele. Voltou as atenções de novo para mim e percorreu todo o meu corpo com pequenos beijos chegando lentamente onde ela queria. Sentia o meu sexo pulsar, estava completamente excitada e só queria que Fernanda me fizesse sua.
Fernanda livrou-se da lingerie que ainda restava nos nossos corpos, beijou-me o interior das coxas, mordiscou e percorreu de volta com a língua o caminho que tinha feito. Senti o dedo dela percorrer vagarosamente o meu sexo, completamente molhado e soltei um gemido alto.
─ Não me provoques Fê. Eu não aguento mais. - agarrei-lhe os cabelos negros com alguma força.
Senti Fernanda penetrar-me e os meus gemidos soaram pelo quarto de forma frequente. Sentia a língua dela próxima ao meu sexo e eu ansiava pelo momento em que ficaria totalmente entregue. Fernanda não resistiu com a provocação durante muito tempo. Senti a boca dela abocanhar o meu sexo molhado, sem parar de me penetrar. Delirei, deixei um grito escapar da minha garganta e comecei a rebolar enquanto Fernanda acompanhava o meu ritmo nas estocadas.
         Os gemidos roucos soavam livres pelo quarto, enquanto Fernanda me possuía. A boca dela levava-me ao céu, estava prestes a atingir o prazer máximo quando Fernanda parou. Não consegui pronunciar nada, Fernanda olhou-me com um sorriso safado no rosto. Beijou-me com paixão enquanto eu lhe arranhava as costas deixando marcas vermelhas. Fernanda encaixou as pernas nas minhas deixando os nossos sexos colados, movimentando-se lentamente. Soltei um grito que tentei abafar com o braço, mas não consegui. Agarrei-me com força à coxa esquerda da Fernanda e movimentei-me no mesmo ritmo que ela. As respirações ofegantes misturavam-se e os gemidos roucos soavam pelo quarto. Fernanda aumentou o ritmo e poucos segundos depois explodi numa onda de prazer. Agarrei os lençóis arqueando o tronco e senti o seu corpo cair sobre o meu exausto. Esperei alguns segundos para recuperar as forças e percorri com as mãos as costas e o bumbum da Fernanda. Mordi-lhe levemente o ombro e chupei-o deixando uma marca.
         ─ Não acredito que acabaste de fazer isso La. – Fernanda falou com a cabeça enterrada no meu pescoço.
        Senti Fernanda movimentar-se e apertei-a ainda mais contra mim. Beijou-me o pescoço, mordiscou-o, subiu para a orelha onde brincou mais um pouco, fez o caminho de volta para o pescoço onde chupou com força, deixando uma marca roxa.
          ─ Agora todos vão saber que és minha. – ela afirmou convicta.
         ─ Não acredito que fizeste isso logo no meu pescoço! Ninguém vai saber que sou tua, só vão ver que tenho uma marca no pescoço… - provoquei-a.
         ─ Ah é?
       Fernanda fez-me cócegas o que nos levou novamente para uma luta que se transformou em longas horas de amor que duraram até aos primeiros raios de sol. Adormeci tranquila e exausta nos braços de Fernanda.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Uma nova chance para o amor - cap 7



Capítulo 7
        
          Quando chegámos à festa reparei que o bar estava completamente mudado. Não havia vestígios das habituais mesas e cadeiras, o espaço estava transformado numa pista de dança com luzes coloridas, uma mesa de DJ e o habitual bar. Algumas pessoas já dançavam divertidas na pista. Maria puxou-me pela mão para o bar, enquanto Fernanda a arrastava uns metros à frente.
        Bebemos três shots de alguma coisa que Maria escolheu, eram horríveis. Foi a vez de Fernanda escolher os shots para bebermos e ao ritmo que íamos não ia demorar a ficarmos alegres. Bebemos o segundo shot e foi a minha vez de escolher, pedi Tequila. Tenho de admitir que sou fraca para a bebida e já sentia que não estava completamente normal. Decidi aproveitar a noite, afinal não era todos os dias que podia ter Fernanda tão perto e dedicada a mim.
            ─ Vamos dançar? – Fernanda falou-me ao ouvido.
Como resposta arrastei-a e à Maria para a pista e começámos a dançar. A festa ia ganhando cada vez mais pessoas e num espaço de pouco mais de meia hora o espaço estava cheio. Quando íamos buscar bebidas mal dava para andar sem dar um encontrão na pessoa ao nosso lado.
─ Eu vou ter com uma pessoa, divirtam-se. – Maria disse e virou-me costas desaparecendo no meio da multidão.
Senti um braço envolver a minha cintura, alguém encostou-se a mim e começou um movimento sensual. Pousei a minha mão sobre o braço que rodeava a minha cintura, coloquei o pescoço para trás e correspondi ao movimento com os olhos fechados. Senti uns lábios macios passearem levemente pelo meu pescoço, soltei um leve gemido, mas como a música estava bastante alta ninguém percebeu.
Senti que o carinho se transformou em beijos sensuais e eu já alterada pelo álcool deixei-me levar. Ainda de costas coloquei os meus braços para trás envolvendo o pescoço da pessoa que me agarrava. Senti a mão que rodeava a minha cintura voltar-me de frente para a pessoa que me seduzia. Virei-me e abri lentamente os olhos. Fernanda olhava-me com intensidade e desejo nunca antes visto por mim.
Sorri levemente olhando no fundo dos seus olhos negros e misteriosos. A bebida não me deixava ver com total clareza mas sabia que estávamos as duas entregues ao momento. Rocei levemente os meus lábios nos dela e afastei-me para ver a reacção que aquela intrepidez tinha provocado na Fernanda. Pousei a minha mão na nuca de Fernanda e toquei-lhe os lábios com a ponta da língua e dei uma mordida subtil no lábio inferior. Sorri levemente ainda com os lábios de Fernanda entre os meus. Fernanda não demorou a tomar os meus lábios com os seus e a aprofundar o beijo e eu deixei-me levar sem pensar nas consequências.
Afastámo-nos lentamente olhando nos olhos uma da outra e abraçámo-nos com carinho. Continuámos a noite a dançar e com muitos beijos pelo meio. Estava muito excitada, Fernanda definitivamente sabia o que fazer para me deixar com um sentimento de querer mais. E como desejava podes ter mais…
─ Vens comigo? – Fernanda perguntou-me ao ouvido, mordiscando de seguida a minha orelha.
─ Vou, para onde? – o desejo falava mais alto e o álcool ingerido já provocava estragos na minha consciência.
─ Vamos para a minha casa…
           Fernanda não esperou a minha resposta, pegou na minha mão e arrastou-me atrás dela pelo meio da multidão dando encontrões em todos os que se atravessassem no seu caminho. Eu ria já visivelmente alcoolizada pela devastação que causávamos. Fomos para o carro de Fernanda. Sabia que ela não tinha bebido assim tanto quanto eu, certamente que ela estava apta para conduzir sem colocar a nós e às outras pessoas em situação de perigo. Ela conduziu até casa e chegámos sem grandes demoras, visto que o caminho a percorrer era rápido.