chitika

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Desabafo de uma mulher apaixonada

     Acabei de me recuperar de uma crise, mas controlei-me para não desmaiar e cair inanimada no chão. Não contava que isso fosse acontecer, mas também não esperava que terminasses o nosso namoro e tu fizeste-o. Não esperava isso, pelo menos não naquele momento e não da forma como o fizeste. Mas o que me deixou realmente arrasada foi ver-te tranquila, serena, quase feliz poucos dias depois, enquanto eu entrava num estado depressivo. Não quero dizer que eras obrigada a sofrer, mas sei lá… Eu estava completamente apaixonada por ti, ainda estou… Feriu-me a alma e dilacerou-me o coração a tua indiferença, a tua falta de vontade em relação a nós, a mim… Mostrei-te tantas vezes que eras tu quem eu queria, foram tantas as vezes amor. E sabes o que é mais irónico? Continuo a querer-te, a vontade de ter-te comigo, o meu desejo por ti não diminuiu. Pelo contrário, deu-me forças para erguer a cabeça e continuar. Vou lutar por ti até ao fim, porque eu te amo minha princesa linda.


Este é um texto que não faz parte do conto "Uma nova chance para o amor".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Uma nova chance para o amor - cap 10



Capítulo 10
                Acordei com as batidas na porta do meu quarto. Vesti rapidamente uma camisola e umas calças largas e abri a porta.
                ─ Que irresponsabilidade foi aquela de ontem? Faltares ao trabalho sem avisares Larissa? Podes ser minha filha, mas no escritório as tuas responsabilidades são as mesmas do que todos os outros funcionários. – bombardeou António.
                ─ Eu sei que errei pai. Desculpa, mas não deu mesmo para avisar. Eu compenso a minha falta, no próximo sábado. – disse tentando acalmar a fera.
                ─ Larissa, sabes que tens liberdade para faltares quando precisares, mas nunca sem avisar.
                ─ Eu sei… Não volta a acontecer. Agora vou-me preparar para descer e ir para o escritório.
                Fechei a porta e deixei escapar um suspiro de alívio. Pensava que a conversa com o meu pai ia correr muito pior. Comecei a despir as roupas que vestira à pressa e fui tomar um banho.
                Quando terminei de me arrumar, desci e todos já estavam prontos para sair, pelo que peguei num pequeno pãozinho e saí. Esperava que o dia fosse agitado e preparei-me mentalmente para o aguentar com tranquilidade.
             O dia decorreu calmamente, indo contra todas as minhas expectativas, tal como o resto da semana. Exceptuando o facto de não ter visto nem falado com Fernanda durante toda a semana.  Ela tinha faltado a todas as aulas da semana e não me tentara contactar, e eu fiz o mesmo. Esperava ansiosamente o momento em que retornaria a vê-la. A ansiedade tomava conta de mim a cada dia que passava e já nem o trabalho me distraía.
             O sábado chegara e, tal como prometido, teria de passar o dia no escritório para compensar o meu erro. Sentei-me à secretária com uma pilha enorme de documentos para tratar durante aquele dia. Suspirei e dei início àquela árdua tarefa. Estava a meio da montanha de papéis quando recebi uma sms.
Hoje vamos sair? Tenho saudades dos teus beijos. Fernanda.”
Depois de uma semana sem dizer nada, Fernanda deu, finalmente, notícias. Senti um pequeno friozinho percorrer o meu ventre e estremeci ligeiramente. Sorri e reli a mensagem vezes sem conta. Podia fazer-me de difícil, mas estava com muitas saudades de Fernanda, do corpo dela, dos beijos dela.
Sair onde? Também tenho saudades dos teus. La.”
Tentei trabalhar enquanto esperava pela resposta à minha sms, mas estava tão irrequieta e com a cabeça tão longe dali que não foi possível. A resposta depressa surgiu, sendo anunciada pelo toque do meu telemóvel.
Gritus. A Maria também vai, nem penses em dizer que não. Diz-me onde te posso ir buscar.”
“Está bem, eu vou! Eu vou levar uma amiga e vamos as duas. Assim não precisas de fazer um desvio para nos ir buscar.”
Tens a certeza? Não me custa nada ir-vos buscar. Combinamos às 22h no Gritus?”
           “Sim, tenho. Combinado, 22h. Nada de atrasos. :P Beijos.”
           “Vou contar os minutos. Beijo.”
            Sentia-me feliz e depois daquele momento a tarde passou a correr. Não só consegui acabar todo o trabalho atrasado, como ainda adiantei algum. Com um sorriso no rosto saí do escritório e fui para casa. No caminho preparei mentalmente o que iria vestir e fiquei satisfeita por ter escolhido o vestido preto justo.
Lembrei-me que ainda tinha que avisar a Júlia e liguei-lhe para a avisar. Ela aceitou sem problemas, coisa que eu já esperava. Sorri mentalmente. Um dos motivos para eu levar a Júlia era Maria. Tinha quase certeza que elas se iriam dar maravilhosamente bem, talvez até um bocadinho melhor que isso, e com alguma sorte eu iria ajudar a formar um novo casal.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Uma nova chance para o amor - cap 9



Capítulo 9

           Senti as minhas costas serem beijadas e um arrepio percorreu o meu corpo. O meu cérebro estava adormecido e não queria acordar do sonho que tinha sido a noite anterior. Será que tinha sido real? Abri um olho de forma preguiçosa e tentei perceber onde estava. Um sorriso nasceu nos meus lábios, uma mão deslizou sedutora pela minha barriga. Soltei um gemido e voltei-me na direção de Fernanda. Ela olhava-me com carinho e um sorriso no rosto, senti o meu estômago contorcer-se e um friozinho instalou-se teimosamente na minha barriga.
            ─ Bom dia princesa. – Fernanda falou depositando um beijo nos meus lábios.
            ─ Bom dia. Estou num sonho? – pensei alto.
         ─ Sonho La? É real e vou-te provar o quão real é. – Fernanda desceu até ao meu pescoço e começou a beijá-lo deixando-me quase sem forças para resistir.
            ─ Hummm Fernanda, assim eu não resisto. – falei com voz dengosa.
          ─ Quem te disse que era para resistires? Eu quero-te entregue. – Fernanda sussurrou no meu ouvido.
           Beijei-a com vontade, quase com alguma brutalidade e urgência. Sentia o seu corpo colado no meu e deixei escapar um gemido. Fernanda afastou-se e riu-se.
            ─ Do que estás a rir? – perguntei incrédula.
            ─ Acabaste de acordar e já estás com esse fogo todo. Deixa-me alimentar-te primeiro para que não se apague logo. – colocou a língua de fora e levantou-se.
        Fiquei a olhar para o seu andar descontraído, e perdi-me na imagem que tinha à minha frente. Fernanda desfilava nua até à cozinha enquanto eu babava por ela e pelo bumbum dela. Apressei-me a levantar e a correr atrás dela. Quando cheguei ela já estava a preparar o nosso pequeno-almoço. Não resisti e enlacei-a por trás, deixando as minhas mãos livres para explorarem a barriga dela. Beijei-lhe os ombros e ela suspirou.
             ─ Assim eu vou fazer estragos princesa. – Fernanda alertou-me.
            ─ Está bem. Vou-te deixar preparar tudo e ficar quietinha à espera. – Dei-lhe uma pequena mordida no ombro e afastei-me.
        Encostei-me na bancada a olhá-la enquanto ela se movia agilmente pela cozinha em busca dos alimentos para o nosso pequeno-almoço. Sentia-me à vontade para estar nua na frente dela, sem pudores, sem frescuras. Olhei-a carinhosamente e surgiu um tímido sorriso nos meus lábios. Imaginava como poderia ser fácil construir uma vida com ela. E foi então que um pensamento negativo invadiu a minha mente. Com quantas mulheres Fernanda já tinha feito o que estava a fazer comigo? Abanei a cabeça para tentar afastar aquele pensamento que não era bem-vindo. O agora interessava, o momento, não o passado, nem o que já tinha sido vivido. Iria aproveitar enquanto fosse possível.
          Fernanda estendia-me uma mão convidando para tomar o pequeno-almoço com ela. Fui rapidamente até ela e abracei-a, beijando de seguida a sua bochecha. Ela pareceu surpreendida com a minha atitude, mas nada comentou.
        Comemos tudo o que Fernanda tinha cuidadosamente preparado, estava tudo delicioso. Com o apetite satisfeito fiz-lhe um convite silencioso, ao qual ela prontamente acedeu. Puxou-me para o quarto e fizemos amor até não nos restarem mais forças. Dormimos o resto da tarde e só de noite saí da casa da Fernanda.
         Cheguei a casa exausta e corri para o meu quarto tentando evitar todos aqueles a quem eu tivesse que dar explicações. Tomei um banho rápido, deitei-me na cama sem me vestir e adormeci assim mesmo.