chitika

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Texto Tati Bernardi


“Se você estiver ocupado demais para me ligar, eu vou entender. Se você não tiver tempo para me mandar mensagens, eu vou entender. Se você tiver fazendo algo mais importante e não puder me ver, eu vou entender. Se você fingir que não está nem ai pros meus sentimentos e continuar me ignorando, eu vou entender. Se você continuar desperdiçando seu tempo de vida com coisas fúteis, eu vou entender. Mas se eu parar de te procurar, aí é a sua vez de me entender.” 


- Tati Bernardi




  • Aqui está um texto que achei que devia ser partilhado com vocês. 


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sábado, 25 de maio de 2013

Uma nova chance para o amor - cap 11



          Já dançava com a Júlia na pista do Gritus quando vejo a Fernanda a entrar, muito animada, agarrada à Maria. Senti ciúmes ao visualizar aquela situação, mas resisti ao impulso de me deixar dominar pelos ciúmes sem fundamento.
        Fernanda viu-me e um sorriso surgiu no seu rosto lindo, fazendo com que os ciúmes causados pela situação anterior se evaporassem por completo. Vi-a caminhar na minha direcção de forma muito sensual e as minhas pernas ameaçaram ceder. Júlia atenta ao clima de sedução que decorria, percebeu a tempo e agarrou-me o braço. Fernanda depositou um beijo no meu rosto. Confesso que me senti desapontada pelo beijo, mas disfarcei rapidamente.
         Apresentei a Júlia à Fernanda e fiz sinal à Maria para que as pudesse apresentar uma à outra. Após as apresentações iniciais fomos ao balcão pegar bebidas. Durante o curto trajeto na volta para a pista, não pude deixar de apreciar o bumbum da Fernanda, que caminhava à minha frente. Um arrepio percorreu toda a minha coluna e engoli em seco.
          Num ato ousado puxei-a pela cintura e permaneci agarrada com as minhas mãos enlaçadas na cintura de Fernanda. O cheiro dela inebriava-me os sentidos, fechei os olhos e mordi-lhe o pescoço com ternura. Senti a mão de Fernanda apertar a minha coxa de leve e num impulso virei-a de frente para mim. Olhos nos olhos. E que olhos, meu deus! A minha respiração já estava alterada e o meu coração batia descompassado. Desviei os meus olhos para os lábios de Fernanda e olhei-os com lascívia. Uma leve mordida no meu lábio inferior bastou para despertar-nos daquele transe e um beijo caloroso teve início. As minhas mãos percorriam as costas de Fernanda arranhando-a por cima da roupa. Uma das suas mãos apertava forte os meus cabelos, enquanto a outra agarrava com firmeza a minha cintura e me mantinha presa a ela. Uma guerra de línguas foi travada naquele momento e nenhuma das duas queria parar para tomar umas golfadas de ar. 
          Foi Fernanda quem interrompeu o beijo, encostou a testa na minha e de olhos fechados murmurou:
           ─ O que é que estás a fazer comigo Larissa?
          Afastei-me dela e olhei-a confusa. 
            ─ Não querias que eu te beijasse? – questionei-a junto ao ouvido, devido à música alta.
           ─ Queria… Quero. Vamos dançar? As meninas não se devem ter dado muito bem, porque a Maria está entretida com uma loira gostosa.
            Bati-lhe de leve pelo comentário em relação à loira gostosa e disse:
         ─ Queres a loira gostosa pra ti é? – deixei transparecer os ciúmes que o comentário me tinha provocado.
             ─ Isso são ciúmes dona Larissa? – Fernanda riu e puxou-me para junto dela para dançarmos.
            ─ Cala a boca Fê.
            ─ Se queres tanto isso, vem cá calar-me. - Fernanda desafiou-me.
         Sorri de forma provocante e saí, virando-lhe as costas. Procurei Júlia pelo bar e vi-a junto ao bar enquanto consumia distraída uma bebida colorida.  
            ─ Porque estás sozinha? Não houve nenhuma mulher que te interessou? – questionei Júlia.
            ─ Humm… - respondeu alheia ao ambiente que nos envolvia.
            ─ Hey. O que aconteceu? – perguntei preocupada.
           ─ Nada. Eu vi o beijão lá no meio da pista com a gatinha. – Júlia cutucou o meu ombro para implicar comigo e olhou-me com cara de safada. – Vou ter boleia para casa?
          ─ Nem me fales do beijo… Ainda estou a tremer por causa daquela morena. Ihhh, relaxa. Tens boleia sim, não te preocupes.  
           ─ Por falar em morena… Não olhes para trás. – Júlia beijou o meu rosto e saiu com a bebida colorida nas mãos.
         Não preciso de dizer que o que a Júlia tinha dito acabou por aguçar ainda mais a minha curiosidade. Virei-me para observar o que estava a acontecer e Fernanda rodeou a minha cintura com os seus braços.
          ─ Eu preciso de ti agora. – depositou um beijo rápido e urgente nos meus lábios.
          ─ Agora? Mas onde? – eu sabia o que Fernanda queria de mim e evitei os rodeios.
          ─ Sério? – um sorriso sapeca fez-se notar nos seus lábios macios.
         Dei-lhe uma mordida rápida no queixo e puxei-a pela pista na direcção da casa de banho.  Entrámos e por sorte não estava apinhada. Havia algumas meninas a retocar a maquilhagem, mas isso não foi visto como impedimento para deixarmos de tentar aplacar a nossa vontade uma da outra. Não estava nem aí para o que as outras pessoas iam pensar, até porque não era difícil ser um génio para entender.
          Puxei-a para um compartimento vazio e encostei-a com força na parede. Prendi os seus braços acima da cabeça, aproximei o meu rosto do dela e provoquei-a. Estava perto, mas não a beijava. Sentia a respiração acelerada de Fernanda roçar suavemente os meus lábios. Não aguentei mais ficar longe daquela boca linda e mergulhei num beijo intenso.
         Fernanda aproveitou o meu vacilo e tomou as rédeas da situação. Ela possuiu-me de todas as formas que eram possíveis naquele espaço apertado e eu não tinha forças para silenciar os gemidos e os gritos que irrompiam da minha garganta.
         Um último beijo foi dado com ternura e saímos do compartimento com algumas mulheres a olharem para nós e a cochicharem entre elas. Deixámos rapidamente o banheiro e fomos para casa de Fernanda aproveitar o que restava da noite.




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