Já
dançava com a Júlia na pista do Gritus
quando vejo a Fernanda a entrar, muito animada, agarrada à Maria.
Senti ciúmes ao visualizar aquela situação, mas resisti ao impulso de me deixar
dominar pelos ciúmes sem fundamento.
Fernanda
viu-me e um sorriso surgiu no seu rosto lindo, fazendo com que os ciúmes
causados pela situação anterior se evaporassem por completo. Vi-a caminhar na
minha direcção de forma muito sensual e as minhas pernas ameaçaram ceder. Júlia
atenta ao clima de sedução que decorria, percebeu a tempo e agarrou-me o braço.
Fernanda depositou um beijo no meu rosto. Confesso que me senti desapontada
pelo beijo, mas disfarcei rapidamente.
Apresentei
a Júlia à Fernanda e fiz sinal à Maria para que as pudesse apresentar uma à
outra. Após as apresentações iniciais fomos ao balcão pegar bebidas. Durante o
curto trajeto na volta para a pista, não pude deixar de apreciar o bumbum da
Fernanda, que caminhava à minha frente. Um arrepio percorreu toda a minha
coluna e engoli em seco.
Num ato ousado puxei-a pela cintura e
permaneci agarrada com as minhas mãos enlaçadas na cintura de Fernanda. O
cheiro dela inebriava-me os sentidos, fechei os olhos e mordi-lhe o pescoço com
ternura. Senti a mão de Fernanda apertar a minha coxa de leve e num impulso
virei-a de frente para mim. Olhos nos olhos. E que olhos, meu deus! A minha
respiração já estava alterada e o meu coração batia descompassado. Desviei os
meus olhos para os lábios de Fernanda e olhei-os com lascívia. Uma leve mordida
no meu lábio inferior bastou para despertar-nos daquele transe e um beijo caloroso
teve início. As minhas mãos percorriam as costas de Fernanda arranhando-a por
cima da roupa. Uma das suas mãos apertava forte os meus cabelos, enquanto a
outra agarrava com firmeza a minha cintura e me mantinha presa a ela. Uma
guerra de línguas foi travada naquele momento e nenhuma das duas queria parar
para tomar umas golfadas de ar.
Foi
Fernanda quem interrompeu o beijo, encostou a testa na minha e de olhos
fechados murmurou:
─
O que é que estás a fazer comigo Larissa?
Afastei-me
dela e olhei-a confusa.
─
Não querias que eu te beijasse? – questionei-a junto ao ouvido, devido à música
alta.
─
Queria… Quero. Vamos dançar? As meninas não se devem ter dado muito bem, porque
a Maria está entretida com uma loira gostosa.
Bati-lhe
de leve pelo comentário em relação à loira gostosa e disse:
─
Queres a loira gostosa pra ti é? – deixei transparecer os ciúmes que o
comentário me tinha provocado.
─
Isso são ciúmes dona Larissa? – Fernanda riu e puxou-me para junto dela para
dançarmos.
─
Cala a boca Fê.
─
Se queres tanto isso, vem cá calar-me. - Fernanda desafiou-me.
Sorri
de forma provocante e saí, virando-lhe as costas. Procurei Júlia pelo bar e vi-a
junto ao bar enquanto consumia distraída uma bebida colorida.
─
Porque estás sozinha? Não houve nenhuma mulher que te interessou? – questionei Júlia.
─
Humm… - respondeu alheia ao ambiente que nos envolvia.
─
Hey. O que aconteceu? – perguntei preocupada.
─
Nada. Eu vi o beijão lá no meio da pista com a gatinha. – Júlia cutucou o meu
ombro para implicar comigo e olhou-me com cara de safada. – Vou ter boleia para
casa?
─
Nem me fales do beijo… Ainda estou a tremer por causa daquela morena. Ihhh,
relaxa. Tens boleia sim, não te preocupes.
─
Por falar em morena… Não olhes para trás. – Júlia beijou o meu rosto e saiu com
a bebida colorida nas mãos.
Não
preciso de dizer que o que a Júlia tinha dito acabou por aguçar ainda mais a
minha curiosidade. Virei-me para observar o que estava a acontecer e Fernanda
rodeou a minha cintura com os seus braços.
─
Eu preciso de ti agora. – depositou um beijo rápido e urgente nos meus lábios.
─
Agora? Mas onde? – eu sabia o que Fernanda queria de mim e evitei os rodeios.
─
Sério? – um sorriso sapeca fez-se notar nos seus lábios macios.
Dei-lhe
uma mordida rápida no queixo e puxei-a pela pista na direcção da casa de banho.
Entrámos e por sorte não estava
apinhada. Havia algumas meninas a retocar a maquilhagem, mas isso não foi visto
como impedimento para deixarmos de tentar aplacar a nossa vontade uma da outra.
Não estava nem aí para o que as outras pessoas iam pensar, até porque não era
difícil ser um génio para entender.
Puxei-a
para um compartimento vazio e encostei-a com força na parede. Prendi os seus
braços acima da cabeça, aproximei o meu rosto do dela e provoquei-a. Estava
perto, mas não a beijava. Sentia a respiração acelerada de Fernanda roçar suavemente
os meus lábios. Não aguentei mais ficar longe daquela boca linda e mergulhei
num beijo intenso.
Fernanda
aproveitou o meu vacilo e tomou as rédeas da situação. Ela possuiu-me de todas
as formas que eram possíveis naquele espaço apertado e eu não tinha forças para
silenciar os gemidos e os gritos que irrompiam da minha garganta.
Um último
beijo foi dado com ternura e saímos do compartimento com algumas mulheres a
olharem para nós e a cochicharem entre elas. Deixámos rapidamente o banheiro e fomos
para casa de Fernanda aproveitar o que restava da noite.
Meninas, se gostam do que escrevo, deixem comentários. É importante para que continue a escrever. =)
Se quiserem escrever a vossa história para ser publicada aqui no blog, enviem um email para contoslesb@gmail.com . Podem mandar um email também se quiserem só conversar.
Por fim, se tiverem interesse sigam estes dois tumblrs: