chitika

sábado, 25 de maio de 2013

Uma nova chance para o amor - cap 11



          Já dançava com a Júlia na pista do Gritus quando vejo a Fernanda a entrar, muito animada, agarrada à Maria. Senti ciúmes ao visualizar aquela situação, mas resisti ao impulso de me deixar dominar pelos ciúmes sem fundamento.
        Fernanda viu-me e um sorriso surgiu no seu rosto lindo, fazendo com que os ciúmes causados pela situação anterior se evaporassem por completo. Vi-a caminhar na minha direcção de forma muito sensual e as minhas pernas ameaçaram ceder. Júlia atenta ao clima de sedução que decorria, percebeu a tempo e agarrou-me o braço. Fernanda depositou um beijo no meu rosto. Confesso que me senti desapontada pelo beijo, mas disfarcei rapidamente.
         Apresentei a Júlia à Fernanda e fiz sinal à Maria para que as pudesse apresentar uma à outra. Após as apresentações iniciais fomos ao balcão pegar bebidas. Durante o curto trajeto na volta para a pista, não pude deixar de apreciar o bumbum da Fernanda, que caminhava à minha frente. Um arrepio percorreu toda a minha coluna e engoli em seco.
          Num ato ousado puxei-a pela cintura e permaneci agarrada com as minhas mãos enlaçadas na cintura de Fernanda. O cheiro dela inebriava-me os sentidos, fechei os olhos e mordi-lhe o pescoço com ternura. Senti a mão de Fernanda apertar a minha coxa de leve e num impulso virei-a de frente para mim. Olhos nos olhos. E que olhos, meu deus! A minha respiração já estava alterada e o meu coração batia descompassado. Desviei os meus olhos para os lábios de Fernanda e olhei-os com lascívia. Uma leve mordida no meu lábio inferior bastou para despertar-nos daquele transe e um beijo caloroso teve início. As minhas mãos percorriam as costas de Fernanda arranhando-a por cima da roupa. Uma das suas mãos apertava forte os meus cabelos, enquanto a outra agarrava com firmeza a minha cintura e me mantinha presa a ela. Uma guerra de línguas foi travada naquele momento e nenhuma das duas queria parar para tomar umas golfadas de ar. 
          Foi Fernanda quem interrompeu o beijo, encostou a testa na minha e de olhos fechados murmurou:
           ─ O que é que estás a fazer comigo Larissa?
          Afastei-me dela e olhei-a confusa. 
            ─ Não querias que eu te beijasse? – questionei-a junto ao ouvido, devido à música alta.
           ─ Queria… Quero. Vamos dançar? As meninas não se devem ter dado muito bem, porque a Maria está entretida com uma loira gostosa.
            Bati-lhe de leve pelo comentário em relação à loira gostosa e disse:
         ─ Queres a loira gostosa pra ti é? – deixei transparecer os ciúmes que o comentário me tinha provocado.
             ─ Isso são ciúmes dona Larissa? – Fernanda riu e puxou-me para junto dela para dançarmos.
            ─ Cala a boca Fê.
            ─ Se queres tanto isso, vem cá calar-me. - Fernanda desafiou-me.
         Sorri de forma provocante e saí, virando-lhe as costas. Procurei Júlia pelo bar e vi-a junto ao bar enquanto consumia distraída uma bebida colorida.  
            ─ Porque estás sozinha? Não houve nenhuma mulher que te interessou? – questionei Júlia.
            ─ Humm… - respondeu alheia ao ambiente que nos envolvia.
            ─ Hey. O que aconteceu? – perguntei preocupada.
           ─ Nada. Eu vi o beijão lá no meio da pista com a gatinha. – Júlia cutucou o meu ombro para implicar comigo e olhou-me com cara de safada. – Vou ter boleia para casa?
          ─ Nem me fales do beijo… Ainda estou a tremer por causa daquela morena. Ihhh, relaxa. Tens boleia sim, não te preocupes.  
           ─ Por falar em morena… Não olhes para trás. – Júlia beijou o meu rosto e saiu com a bebida colorida nas mãos.
         Não preciso de dizer que o que a Júlia tinha dito acabou por aguçar ainda mais a minha curiosidade. Virei-me para observar o que estava a acontecer e Fernanda rodeou a minha cintura com os seus braços.
          ─ Eu preciso de ti agora. – depositou um beijo rápido e urgente nos meus lábios.
          ─ Agora? Mas onde? – eu sabia o que Fernanda queria de mim e evitei os rodeios.
          ─ Sério? – um sorriso sapeca fez-se notar nos seus lábios macios.
         Dei-lhe uma mordida rápida no queixo e puxei-a pela pista na direcção da casa de banho.  Entrámos e por sorte não estava apinhada. Havia algumas meninas a retocar a maquilhagem, mas isso não foi visto como impedimento para deixarmos de tentar aplacar a nossa vontade uma da outra. Não estava nem aí para o que as outras pessoas iam pensar, até porque não era difícil ser um génio para entender.
          Puxei-a para um compartimento vazio e encostei-a com força na parede. Prendi os seus braços acima da cabeça, aproximei o meu rosto do dela e provoquei-a. Estava perto, mas não a beijava. Sentia a respiração acelerada de Fernanda roçar suavemente os meus lábios. Não aguentei mais ficar longe daquela boca linda e mergulhei num beijo intenso.
         Fernanda aproveitou o meu vacilo e tomou as rédeas da situação. Ela possuiu-me de todas as formas que eram possíveis naquele espaço apertado e eu não tinha forças para silenciar os gemidos e os gritos que irrompiam da minha garganta.
         Um último beijo foi dado com ternura e saímos do compartimento com algumas mulheres a olharem para nós e a cochicharem entre elas. Deixámos rapidamente o banheiro e fomos para casa de Fernanda aproveitar o que restava da noite.




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