chitika

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Uma nova chance para o amor - cap 9



Capítulo 9

           Senti as minhas costas serem beijadas e um arrepio percorreu o meu corpo. O meu cérebro estava adormecido e não queria acordar do sonho que tinha sido a noite anterior. Será que tinha sido real? Abri um olho de forma preguiçosa e tentei perceber onde estava. Um sorriso nasceu nos meus lábios, uma mão deslizou sedutora pela minha barriga. Soltei um gemido e voltei-me na direção de Fernanda. Ela olhava-me com carinho e um sorriso no rosto, senti o meu estômago contorcer-se e um friozinho instalou-se teimosamente na minha barriga.
            ─ Bom dia princesa. – Fernanda falou depositando um beijo nos meus lábios.
            ─ Bom dia. Estou num sonho? – pensei alto.
         ─ Sonho La? É real e vou-te provar o quão real é. – Fernanda desceu até ao meu pescoço e começou a beijá-lo deixando-me quase sem forças para resistir.
            ─ Hummm Fernanda, assim eu não resisto. – falei com voz dengosa.
          ─ Quem te disse que era para resistires? Eu quero-te entregue. – Fernanda sussurrou no meu ouvido.
           Beijei-a com vontade, quase com alguma brutalidade e urgência. Sentia o seu corpo colado no meu e deixei escapar um gemido. Fernanda afastou-se e riu-se.
            ─ Do que estás a rir? – perguntei incrédula.
            ─ Acabaste de acordar e já estás com esse fogo todo. Deixa-me alimentar-te primeiro para que não se apague logo. – colocou a língua de fora e levantou-se.
        Fiquei a olhar para o seu andar descontraído, e perdi-me na imagem que tinha à minha frente. Fernanda desfilava nua até à cozinha enquanto eu babava por ela e pelo bumbum dela. Apressei-me a levantar e a correr atrás dela. Quando cheguei ela já estava a preparar o nosso pequeno-almoço. Não resisti e enlacei-a por trás, deixando as minhas mãos livres para explorarem a barriga dela. Beijei-lhe os ombros e ela suspirou.
             ─ Assim eu vou fazer estragos princesa. – Fernanda alertou-me.
            ─ Está bem. Vou-te deixar preparar tudo e ficar quietinha à espera. – Dei-lhe uma pequena mordida no ombro e afastei-me.
        Encostei-me na bancada a olhá-la enquanto ela se movia agilmente pela cozinha em busca dos alimentos para o nosso pequeno-almoço. Sentia-me à vontade para estar nua na frente dela, sem pudores, sem frescuras. Olhei-a carinhosamente e surgiu um tímido sorriso nos meus lábios. Imaginava como poderia ser fácil construir uma vida com ela. E foi então que um pensamento negativo invadiu a minha mente. Com quantas mulheres Fernanda já tinha feito o que estava a fazer comigo? Abanei a cabeça para tentar afastar aquele pensamento que não era bem-vindo. O agora interessava, o momento, não o passado, nem o que já tinha sido vivido. Iria aproveitar enquanto fosse possível.
          Fernanda estendia-me uma mão convidando para tomar o pequeno-almoço com ela. Fui rapidamente até ela e abracei-a, beijando de seguida a sua bochecha. Ela pareceu surpreendida com a minha atitude, mas nada comentou.
        Comemos tudo o que Fernanda tinha cuidadosamente preparado, estava tudo delicioso. Com o apetite satisfeito fiz-lhe um convite silencioso, ao qual ela prontamente acedeu. Puxou-me para o quarto e fizemos amor até não nos restarem mais forças. Dormimos o resto da tarde e só de noite saí da casa da Fernanda.
         Cheguei a casa exausta e corri para o meu quarto tentando evitar todos aqueles a quem eu tivesse que dar explicações. Tomei um banho rápido, deitei-me na cama sem me vestir e adormeci assim mesmo.

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