Capítulo
9
Senti
as minhas costas serem beijadas e um arrepio percorreu o meu corpo. O meu
cérebro estava adormecido e não queria acordar do sonho que tinha sido a noite
anterior. Será que tinha sido real? Abri um olho de forma preguiçosa e tentei
perceber onde estava. Um sorriso nasceu nos meus lábios, uma mão deslizou
sedutora pela minha barriga. Soltei um gemido e voltei-me na direção de
Fernanda. Ela olhava-me com carinho e um sorriso no rosto, senti o meu estômago
contorcer-se e um friozinho instalou-se teimosamente na minha barriga.
─
Bom dia princesa. – Fernanda falou depositando um beijo nos meus lábios.
─
Bom dia. Estou num sonho? – pensei alto.
─
Sonho La? É real e vou-te provar o quão real é. – Fernanda desceu até ao meu
pescoço e começou a beijá-lo deixando-me quase sem forças para resistir.
─
Hummm Fernanda, assim eu não resisto. – falei com voz dengosa.
─
Quem te disse que era para resistires? Eu quero-te entregue. – Fernanda
sussurrou no meu ouvido.
Beijei-a
com vontade, quase com alguma brutalidade e urgência. Sentia o seu corpo colado
no meu e deixei escapar um gemido. Fernanda afastou-se e riu-se.
─
Do que estás a rir? – perguntei incrédula.
─
Acabaste de acordar e já estás com esse fogo todo. Deixa-me alimentar-te
primeiro para que não se apague logo. – colocou a língua de fora e levantou-se.
Fiquei
a olhar para o seu andar descontraído, e perdi-me na imagem que tinha à minha
frente. Fernanda desfilava nua até à cozinha enquanto eu babava por ela e pelo
bumbum dela. Apressei-me a levantar e a correr atrás dela. Quando cheguei ela
já estava a preparar o nosso pequeno-almoço. Não resisti e enlacei-a por trás,
deixando as minhas mãos livres para explorarem a barriga dela. Beijei-lhe os
ombros e ela suspirou.
─
Assim eu vou fazer estragos princesa. – Fernanda alertou-me.
─
Está bem. Vou-te deixar preparar tudo e ficar quietinha à espera. – Dei-lhe uma
pequena mordida no ombro e afastei-me.
Encostei-me
na bancada a olhá-la enquanto ela se movia agilmente pela cozinha em busca dos
alimentos para o nosso pequeno-almoço. Sentia-me à vontade para estar nua na
frente dela, sem pudores, sem frescuras. Olhei-a carinhosamente e surgiu um
tímido sorriso nos meus lábios. Imaginava como poderia ser fácil construir uma
vida com ela. E foi então que um pensamento negativo invadiu a minha mente. Com
quantas mulheres Fernanda já tinha feito o que estava a fazer comigo? Abanei a
cabeça para tentar afastar aquele pensamento que não era bem-vindo. O agora
interessava, o momento, não o passado, nem o que já tinha sido vivido. Iria
aproveitar enquanto fosse possível.
Fernanda
estendia-me uma mão convidando para tomar o pequeno-almoço com ela. Fui
rapidamente até ela e abracei-a, beijando de seguida a sua bochecha. Ela
pareceu surpreendida com a minha atitude, mas nada comentou.
Comemos
tudo o que Fernanda tinha cuidadosamente preparado, estava tudo delicioso. Com
o apetite satisfeito fiz-lhe um convite silencioso, ao qual ela prontamente
acedeu. Puxou-me para o quarto e fizemos amor até não nos restarem mais forças.
Dormimos o resto da tarde e só de noite saí da casa da Fernanda.
Cheguei
a casa exausta e corri para o meu quarto tentando evitar todos aqueles a quem
eu tivesse que dar explicações. Tomei um banho rápido, deitei-me na cama sem me
vestir e adormeci assim mesmo.
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